Entre o vernacular e o técnico – análise da forma de vilas rurais na região tocantina
Resumo
Na região amazônica coexistem dois tipos de ocupação humana, um tradicional, referente à rede urbana dendrítica, e outro implantado pós-1960, ligado à implantação de rodovias. Este artigo objetiva comparar os padrões de ocupação de vilas formadas no âmbito das duas categorias, em busca de suas similaridades e dissonâncias, para dizer quais e o quão relevantes são as diferenças morfológicas existentes entre as vilas tradicionais e as formadas após 1960. Oito vilas foram investigadas, localizadas em três municípios do nordeste do Estado do Pará, Brasil (Moju, Cametá e Mocajuba). A comparação baseou-se em análise morfológica seguindo critérios relacionados aos parâmetros da forma (características internas aos assentamentos), da escala (características microrregionais) e do tempo (ação dos agentes e políticas públicas). Após análise dos critérios sistematizados em croquis e tabelas comparativas, conclui-se que a forma introduzida após 1960 utiliza o tipo tradicional como base, acrescendo-lhe contribuições oriundas das cidades, enquanto intervenções estandardizadas no tipo tradicional aceleram mudanças no modo de vida de seus habitantes. O Parâmetro Forma revela as principais diferenças espaciais, o Parâmetro Escala aponta os padrões econômico-sociais, e o Parâmetro Tempo indica os desafios futuros para que haja melhora da qualidade de vida e cidadania nas vilas da região estudada.
Palavras-chave: Morfologia urbana; Amazônia Oriental; vilas rurais; vilas tradicionais; políticas públicas.
Data de submissão: 2021-01-07
Data de aceitação: 2021-09-29
Data de Publicação: 2021-12-30
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